Autódromo Parque de Guaratiba receberá até 120 mil pessoas e deve ficar pronto em 2028; vídeo mostra traçado
Veja como será o traçado do Autódromo de Guaratiba A capital fluminense deu mais um passo para tentar voltar ao mapa do automobilismo internacional. Foi divu...
Veja como será o traçado do Autódromo de Guaratiba A capital fluminense deu mais um passo para tentar voltar ao mapa do automobilismo internacional. Foi divulgado na manhã desta quinta-feira (6), na Cidade das Artes, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro, o projeto do Autódromo Parque de Guaratiba, na Zona Oeste. Uma animação simulou o traçado (veja acima). As obras devem começar no 1º semestre de 2026 e durar 2 anos — se tudo ficar pronto em 2028, por exemplo, serão 16 anos sem uma pista de corrida na cidade, já que o Autódromo de Jacarepaguá foi demolido em 2012. O complexo ficará nas imediações da Estação Mato Alto do BRT e terá capacidade para 120 mil pessoas. Uma nova estação do BRT, além de uma escola pública, terão que ser construídas pela empresa gestora. O projeto é liderado pela Genial Investimentos, com gestão inicial da Rock World, empresa que organiza o Rock in Rio. Para o desenvolvimento técnico e conceitual, foi contratada a Populous, referência no design de arenas esportivas, o Tottenham Stadium, em Londres, e o Circuito de Silverstone, no Reino Unido. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Desde 2012, o Rio não tem uma pista na cidade para corridas de grande porte. O Autódromo de Jacarepaguá foi demolido em 2012, onde foi erguido o Parque Olímpico, construído para as Olimpíadas de 2016. Projeto do Autódromo Parque de Guaratiba Divulgação Traçado inspirado no Rio O circuito terá 4,71 km de extensão e poderá ser configurado em até 11 traçados diferentes, permitindo a realização de diversas categorias automobilísticas. Simulações indicam que, na configuração principal, voltas de carros de Fórmula 1 devem durar cerca de 1min09s50, com velocidade média de 241 km/h. O conceito arquitetônico homenageia a paisagem carioca, com cinco áreas temáticas: Calçadão; Mangue Mata Atlântica Centro; e avenidas da cidade. Projeto contra alagamento O terreno onde será construído o autódromo é o mesmo onde inicialmente seria realizada uma missa do Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude, em 2013. À época, o evento acabou sendo transferido para a Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, após um forte temporal que deixou a área coberta de lama. Para resolver esse problema, o projeto prevê a construção de vários bolsões de acúmulo de água. Carros de corrida foram estacionados nos pilotis da Cidade das Artes e chamaram a atenção de quem passava. Carros de corrida foram estacionados nos pilotis da Cidade das Artes Rafael Nascimento/g1 Outras atividades Além da pista, o complexo prevê um kartódromo, áreas para experiências de direção urbana e off-road, clube de membros, estacionamento e um parque aberto ao público, com ciclovias e preservação de um manguezal de 43 mil m². Consórcio apresenta projeto do Autódromo Parque de Guaratiba Falta o licenciamento ambiental O empreendimento ainda depende de aprovação do pedido de licenciamento ambiental, que deve ser apresentado nos próximos dias. Foi justamente durante esse processo que um outro projeto, tocado por outra empresa, acabou indo por água abaixo há alguns anos, como mostrou o RJ2. Em 2018, na gestão de Marcelo Crivella como prefeito, o sonho passava por uma área militar em Deodoro: o Autódromo do Camboatá. Três anos depois, já na gestão de Eduardo Paes, o processo de licenciamento acabou arquivado. As suspeitas eram de direcionamento na escolha da empresa e falsificação nos estudos e relatórios de impacto ambiental.