'Fiz meu nome': mensagem mostra traficante morto pela Core se gabando por ataque que matou agente da unidade 6 meses antes
Um dia antes de morrer, traficante procurado por morte de policial postou imagens armado Mensagens encontradas no celular de Luiz Felipe Honorato Silva Romão, ...
Um dia antes de morrer, traficante procurado por morte de policial postou imagens armado Mensagens encontradas no celular de Luiz Felipe Honorato Silva Romão, o Mangabinha, mostram que o traficante se vangloriava de ter participado do confronto que resultou na morte do agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) José Antônio Lourenço Júnior, em maio deste ano. O material consta no relatório telemático anexado às investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Capital, ao qual o g1 teve acesso. Mangabinha foi morto na sexta-feira (21) durante operação da própria Core na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. Um dia antes, ele postou imagens com roupa de guerra, granadas e outras armas. Em uma delas, postou uma provocação: "Entra pra ver" (veja no vídeo acima). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça 'Fiz meu nome' Traficante conhecido como Mangabinha postava armado em redes sociais Reprodução No diálogo mantido com um interlocutor não identificado, em 19 de maio — dia do confronto —, Mangabinha admite ter participado do ataque e descreve a fuga da comunidade após os tiros. O relatório aponta que, nas mensagens trocadas, ele comenta sobre o policial atingido: “Rodou um só", escreveu, com a gíria "rodar" atribuída a morrer. E se gaba: “Nós amassou (SIC), fiz meu nome. De 62”, disse, citando o calibre do fuzil 7.62 – e o amigo ri. A polícia afirma que as conversas mostram que Mangabinha deixou a Cidade de Deus logo após o ataque e fugiu para a comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca. Mensagens enviadas no mesmo dia detalham a movimentação: “Já é, come quieto tá aqui também (…) nós tá [SIC] aqui no Batô com o velho. Maior desespero (…) joguei os bagulho lá no setor (…) voltei correndo com a mochila da maconha, com a dos amigo do pó” Traficante atuava armado e ostentava Luiz Felipe Honorato Silva Romão, o Mangabinha Reprodução O cruzamento das mensagens analisadas mostra que Mangabinha atuava como segurança do tráfico na Cidade de Deus, circulando armado e mantendo diálogo frequente com outros criminosos do Comando Vermelho. O relatório aponta que ele também enviava vídeos em que ostentava fuzis e comentava a rotina de confrontos. Investigação já tinha identificado participação no assassinato A Delegacia de Homicídios da Capital já havia identificado Mangabinha como um dos autores dos disparos que atingiram José Antônio. As conversas reforçaram a conclusão de que ele esteve diretamente envolvido no ataque e que buscou esconder armas após o confronto. Morte por agentes da Core Mangabinha era foragido e tinha dois mandados de prisão em aberto — por evasão e por homicídio do agente da Core. Ele foi localizado na área conhecida como Karatê, na Cidade de Deus, e morreu em confronto ao reagir à tentativa de prisão. O que diz a Core A coordenadoria afirmou que as ações são “pautadas pela técnica, legalidade e rigor operacional” e que seguem com o objetivo de proteger vidas e responsabilizar criminosos. Foragido por morte de agente da Core é morto em operação na Cidade de Deus O policial civil José Antônio Lourenço Reprodução