cover
Tocando Agora:

Gustavo Binenbojm lança livro 'Antissemitismo estrutural' no Rio

Gustavo Binenbojm lança livro 'Antissemitismo estrutural' no Rio Reprodução/GloboNews O jurista Gustavo Binenbojm lançou nesta segunda-feira (24) o livro "A...

Gustavo Binenbojm lança livro
'Antissemitismo estrutural' no Rio
Gustavo Binenbojm lança livro 'Antissemitismo estrutural' no Rio (Foto: Reprodução)

Gustavo Binenbojm lança livro 'Antissemitismo estrutural' no Rio Reprodução/GloboNews O jurista Gustavo Binenbojm lançou nesta segunda-feira (24) o livro "Antissemitismo estrutural" (Editora História Real). O evento ocorreu na Livraria da Travessa do Shopping Leblon. Na obra o autor, que é professor da Uerj, discute a diferença entre a liberdade de expressão e o discurso antissemita. O livro também faz uma recapitulação histórica do antissemitismo ao longo da história. É o nono livro do professor. Ele explicou no lançamento que uma das conclusões da obra é que a principal chave para se combater o preconceito e a discriminação contra o povo judaico está no 'letramento antiantissemita'. À GloboNews, o professor explicou que o livro tem um componente pessoal, já que seu avô chegou ao Brasil nos anos 1930 fugindo do nazismo. “A história da minha família é uma história de apagamento: judeus que fugiram da guerra, vieram para o Brasil na década de 30 e ensinaram os filhos a negar a própria identidade como forma de proteção. A minha geração foi uma espécie de retomada, de retorno.” “Tenho histórias familiares e pessoais de antissemitismo, que conto no livro para ilustrar o trabalho mais acadêmico, de investigação. Mas o que me motivou especialmente foi o momento de polarização que vivemos e um certo senso de propósito, de dever, de enfrentar o que só posso chamar de antissemitismo estrutural — como se o antissemitismo fosse uma espécie de vírus da humanidade, que fica inativo, incubado, mas, de vez em quando, retorna com a força de uma pandemia”, diz ele. “O momento atual é especialmente propício para uma reflexão como essa, porque o antissemitismo ressurgiu no Brasil e no mundo no contexto do conflito de Israel com o Hamas. Infelizmente, há uma confusão, ora culposa, ora dolosa, entre críticas legítimas — e necessárias — ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e uma espécie de culpa coletiva atribuída ao povo israelense e à comunidade judaica na diáspora.” As manifestações discriminatórias contra judeus são consideradas crimes no Brasil, que estão no guarda-chuva das leis que coíbem racismo e injúria racial. É um crime que não prescreve, não prevê pagamento de fiança e tem punição de 1 a 3 anos de prisão. Livro sobre antissemitismo analisa raízes do fenômeno Gustavo Binenbojm lança livro 'Antissemitismo estrutural' no Rio Reprodução/GloboNews